‘A Guerra do Amanhã’ é divertido, mas pouco inovador – Crítica sem spoilers

Em 'A Guerra do Amanhã', grande estreia do último fim de semana, Chris Pratt interpreta um soldado que viaja para o futuro, na tentativa de impedir que alienígenas destruam a Terra

“Um professor de colégio, veterano de guerra, é recrutado para impedir uma invasão alienígena”. A sinopse de A Guerra do Amanhã, que estreou na última sexta-feira (02) no Amazon Prime Video, resume muito bem tudo o que pode-se esperar do filme: ação e muitos problemas pessoais, carregados de uma dose de ficção científica.

A parte de “ficção” não está só no fato de a seleção brasileira chegar à final de Copa do Mundo (essa cena está no ) mas também na invasão de soldados especiais vindos do futuro, no meio da partida de futebol. Por sinal, o longa estrela Chris Pratt, mais conhecido pelo papel de Starlord em Guardiões da Galáxia, lidando com criaturas espaciais nos filmes da Marvel. Pratt já explorou seus limites de atuação em outros sci-fi fantasiosos, como Passageiros e as duas sequências de Jurassic Park – o terceiro sairá ano que vem, ainda com ele. Nos filmes anteriores, o ator teve o espaço para abusar da comédia. Neste não é uma exceção.

Além do ator temos nomes e rostos conhecidos, como Yvonne Strahovski (The Handmaid’s Tale), Betty Gilpin (GLOW), J. K. Simmons (Whiplash, Homem-Aranha) e Mike Mitchell (Parks & Recreation).

Ao longo de A Guerra do Amanhã acompanhamos o protagonista e toda sua experiência em combate, mas outros recrutados não têm a mesma sorte. Os primeiros segundos de filme entregam um dos melhores momentos que. Leva pouco tempo para que, de maneira precoce, vejamos o professor embarcar em uma viagem 30 anos no futuro, desorientado, em busca de entender sua importância nesta missão “quase” suicida.

Sem exageros, os efeitos especiais são bons. Pensando que este é um longa feito exclusivamente para o serviço de streaming, toda a (cara) produção fica clara ao espectador, fazendo até parecer que ele poderia muito bem caber nos cinemas. A conclusão, em específico, parece compor um filme à parte. A fórmula clássica está lá, porém, há brechas para pequenas surpresas.

Por algum motivo, Guerra do Amanhã “esquece” que mostrou os alienígenas nos trailers, então o suspense só funciona para quem não viu nada do material de divulgação da Amazon – nos EUA . Independente disso, as criaturas têm um design familiar (o que é bom), lembrando um bocado do monstro de Cloverfield.

Com as cenas mais intensas, que criam clima e apresentam pontos delicados da história, não podemos negar que o filme pega um pouco de cada gênero. O leve terror alienígena, as perseguições nas ruas têm ótimos elementos de ação e, quando o passo desacelera, você vê o drama se desenrolar. Ironicamente, o forte de Guerra é todo o resto à parte do drama. As motivações do nosso “herói” são claras, então a repetição de nos reafirmar tudo aquilo que está em jogo logo satura.

Ainda que a história seja comovente, é fácil se pegar pensando sobre outras soluções melhores do que a apresentada no filme. Por exemplo, a premissa do longa em si. Em vez de trazer militares para o futuro, não seria mais cabível voltar ao passado para impedir que isso acontecesse, em primeiro lugar? Logo, fica a dica: A Guerra do Amanhã fica melhor se você assistir como se fosse mais um “pipocão sci-fi” do que dar play enquanto espera um enredo bem arquitetado. O melhor são as cenas de ação.

A Guerra do Amanhã está disponível no .

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