App baseado em inteligência artificial facilita a comunicação entre surdos e ouvintes

O último censo, realizado pelo IBGE em 2010, apontou que cerca de 5,8%  da população no País possui algum grau de deficiência auditiva. Em números absolutos, são mais de nove milhões de brasileiros que se enquadram nessa categoria. Deste montante, mais de dois milhões têm muita dificuldade para ouvir ou não ouvem de maneira alguma. […]
O último censo, realizado pelo IBGE em 2010, apontou que cerca de 5,8%  da população no País possui algum grau de deficiência auditiva. Em números absolutos, são mais de nove milhões de brasileiros que se enquadram nessa categoria. Deste montante, mais de dois milhões têm muita dificuldade para ouvir ou não ouvem de maneira alguma.

Diante deste cenário, nós lhe perguntamos: você já parou e imaginou como é o dia a dia de uma pessoa com deficiência auditiva e as dificuldades que ela enfrenta para se comunicar? Manuel Cardoso, idealizador do projeto Giulia e atual participante do Braskem Labs 2016, sim. E mais do que pensar, ele avistou uma oportunidade de desenvolver uma solução que dá voz e faz com que os surdos sejam entendidos por aqueles que não possuem o conhecimento em libras.

“O projeto Giulia é composto por um bracelete com sensores que é utilizado por deficientes auditivos. Este bracelete capta os movimentos de braço e mão do surdo e os transmite via bluetooth a um aplicativo para smartphone baseado em inteligência artificial (lógica fuzzy e redes neurais artificiais). Este aplicativo, por sua vez, traduz os sinais de libras em texto e voz, permitindo que deficientes se comuniquem com pessoas que não possuem conhecimento em libras. A comunicação inversa também é possível, basta o ouvinte falar no microfone do smartphone que o aplicativo traduz em texto ou desenho animado em libras, caso o deficiente auditivo não saiba ler”, explica Manuel. Uma das doze soluções escolhidas para participar da capacitação do Braskem Labs deste ano, o Giulia já vem colhendo os frutos da fase que Manuel considera a mais importante: as mentorias. Segundo o idealizador, já foi possível entender e aperfeiçoar o modelo de negócio que possibilita dar escala e sustentação econômica para o produto Giulia. Já para a reta final do programa, ele permanece positivo. “Acredito que o produto Giulia irá auferir ganhos econômicos e sociais de forma significativa para a sociedade, e o Braskem Labs foi o responsável por oferecer uma capacitação competente e com experiências concretas para isso acontecer”, afirma.

A nova versão do Giulia já conta com algo bastante inovador: não é mais necessário fazer uso do bracelete. Afinal, os novos smartphones já possuem sensores que possibilitam identificar os movimentos equivalentes aos sinais de libra. Diante disso, a equipe do Giulia optou por aperfeiçoar o modelo matemático do algoritmo inteligente e se tornar ainda mais tecnológico. “A eliminação da braçadeira representou uma inovação dentro da inovação, que diminuiu significativamente o custo, melhorou a usabilidade, e mostrou uma escalabilidade de oportunidades muito maior da aplicação do produto Giulia. Consequentemente, ela nos fez com que refizéssemos todo o modelo de negócio”, finaliza.
Leticia Negresiolo

Leticia Negresiolo

Jornalista formada pela Cásper Líbero, escrevo sobre tecnologia, cidades, lifestyle e cultura desde 2014. Com passagens pela Editora Globo, Editora Abril e Portal UOL, integro o time do Giz Brasil há cinco anos.

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