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5G em São Paulo: por que não dá para se empolgar ainda

Até agora, apenas 25% da cidade de São Paulo tem cobertura de 5G; bairros com IDH alto têm concentração maior de antenas, mostra levantamento. Confira a repercussão entre usuários

5G em São Paulo: por que não dá para se empolgar ainda

Imagem: Gnumarcelo/WikiCommons/Reprodução

O 5G chegou na cidade de São Paulo nesta quinta-feira (4), mas nem tudo são flores: nesta primeira fase, o serviço só cobre 25% da capital. O acesso privilegia bairros das regiões centrais  leste e oeste, de maior densidade financeira, e ainda não alcança regiões periféricas.

(Agência Nacional de Telecomunicações), a maioria das antenas estão concentradas na avenida Paulista e no bairro Itaim Bibi. Já bairros como Aclimação, Mooca e Brás, por exemplo, devem ter uma “cobertura menor” no início do processo, relata a agência. 

Uma mostra quais os bairros que devem receber o 5G da operadora na capital paulista. A grande maioria tem IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) alto –ou seja, há mais concentração de bem-estar educacional e econômico. São exemplos os bairros Butantã, Itaim Bibi, Água Branca, Higienópolis e Morumbi. 

A cobertura repercutiu nas redes. Usuários com smartphones compatíveis com a tecnologia relataram a velocidade do 5G em suas áreas de cobertura. “5G 10/10 na Paulista”, o fisioterapeuta Fábio Rodrigues.

Outros não gostaram da concentração de antenas no centro. Usuários dos bairros Mooca, Brás e Santo Amaro relataram sinal fraco mesmo em 3G e 4G. 

Outros logo perceberam a diferença no aumento da velocidade e redução da latência. 

Novas antenas à vista

Nessa primeira fase do edital, eram necessárias 462 estações de 5G ativas até 29 de setembro. Até terça-feira (2), porém, haviam 1.378 pedidos de licenciamento para operadoras atuarem na faixa de 3,5 GHz. O número é quase o triplo do total de antenas que deverão ser instaladas em São Paulo até o final do ano. 

Isso possibilitou que o sinal fosse liberado já nesta quinta-feira (4) –uma dúvida até o começo da semana. A Anatel informou que 226 estações do Serviço Fixo por Satélite (FSS) já têm equipamentos para evitar interferências no sinal. 

O edital da agência define que as operadoras de telefonia móvel devem instalar pelo menos uma antena 5G para cada 100 mil habitantes nas capitais brasileiras. A cobertura deve ser completa nas capitais até julho de 2025. O prazo para a tecnologia se estabelecer por completo em todos os municípios do país é 2029. 

Antes de São Paulo, cinco capitais já contavam com o sinal 5G. São eles: Brasília –a primeira, em 6 de julho–, João Pessoa, Porto Alegre e Belo Horizonte. Até 10 de agosto, recebem a tecnologia as capitais Salvador, Curitiba, Goiânia e Rio de Janeiro. 

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