5G em São Paulo: por que não dá para se empolgar ainda
O 5G chegou na cidade de São Paulo nesta quinta-feira (4), mas nem tudo são flores: nesta primeira fase, o serviço só cobre 25% da capital. O acesso privilegia bairros das regiões centrais leste e oeste, de maior densidade financeira, e ainda não alcança regiões periféricas.
(Agência Nacional de Telecomunicações), a maioria das antenas estão concentradas na avenida Paulista e no bairro Itaim Bibi. Já bairros como Aclimação, Mooca e Brás, por exemplo, devem ter uma “cobertura menor” no início do processo, relata a agência.
Uma mostra quais os bairros que devem receber o 5G da operadora na capital paulista. A grande maioria tem IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) alto –ou seja, há mais concentração de bem-estar educacional e econômico. São exemplos os bairros Butantã, Itaim Bibi, Água Branca, Higienópolis e Morumbi.
A cobertura repercutiu nas redes. Usuários com smartphones compatíveis com a tecnologia relataram a velocidade do 5G em suas áreas de cobertura. “5G 10/10 na Paulista”, o fisioterapeuta Fábio Rodrigues.
Outros não gostaram da concentração de antenas no centro. Usuários dos bairros Mooca, Brás e Santo Amaro relataram sinal fraco mesmo em 3G e 4G.
Todo mundo falando de 5G em SP e enquanto isso o sinal que chega aqui na Moóca/Brás é esse… — Jonatas Oliveira – www.jonatas.com.br ツ (@JonatasMobile)
Outros logo perceberam a diferença no aumento da velocidade e redução da latência.
O 5G começou a pouco aqui em São Paulo (SP). A diferença já é perceptível. — Gutierres Fernandes Siqueira (@gutsiqueira)
O 5G foi ativado hoje em SP e, apesar de ainda não ser o sinal que vai revolucionar o mundo, já é muitas vezes melhor que o 4G. Vejam só a diferença!Ontem no 4G: 9,54 Mbps 😢
O sinal tá disponível em cerca de 25% da cidade de SP. — F. (@exgudi)
Hoje no 5G: 307,8 Mbps 🤩
Novas antenas à vista
Nessa primeira fase do edital, eram necessárias 462 estações de 5G ativas até 29 de setembro. Até terça-feira (2), porém, haviam 1.378 pedidos de licenciamento para operadoras atuarem na faixa de 3,5 GHz. O número é quase o triplo do total de antenas que deverão ser instaladas em São Paulo até o final do ano.
Isso possibilitou que o sinal fosse liberado já nesta quinta-feira (4) –uma dúvida até o começo da semana. A Anatel informou que 226 estações do Serviço Fixo por Satélite (FSS) já têm equipamentos para evitar interferências no sinal.
O edital da agência define que as operadoras de telefonia móvel devem instalar pelo menos uma antena 5G para cada 100 mil habitantes nas capitais brasileiras. A cobertura deve ser completa nas capitais até julho de 2025. O prazo para a tecnologia se estabelecer por completo em todos os municípios do país é 2029.
Antes de São Paulo, cinco capitais já contavam com o sinal 5G. São eles: Brasília –a primeira, em 6 de julho–, João Pessoa, Porto Alegre e Belo Horizonte. Até 10 de agosto, recebem a tecnologia as capitais Salvador, Curitiba, Goiânia e Rio de Janeiro.