5 dúvidas sobre 5G no Brasil
Nova tecnologia móvel chega com tudo ao país em 2022 e sempre aparece uma dúvida. Mas o que muda na prática?
Neste ano, o Brasil deu um importante passo ao realizar o leilão de frequências para a implantação da rede 5G. Após anos de atrasos, a nova tecnologia móvel chegará ao país com a promessa de oferecer benefícios para consumidores e, principalmente, para empresas.
São esperados avanços em diversas áreas, como transporte, segurança, comércio, saúde e entretenimento, impulsionando a criação de novos produtos e serviços.
Porém, como toda novidade, ela também vem acompanhada de uma série de dúvidas. Aqui, estão as respostas para os principais questionamentos.
1. Precisa de um novo celular para usar o 5G?
Sim. A rede 5G utiliza um novo padrão de conectividade –usando radiofrequências milimétricas– o que vai exigir novos modens e antenas. Dessa forma, os atuais aparelhos 4G não serão compatíveis com a rede 5G. Porém, por mais que a promessa seja que o 5G estará disponível nas 27 capitais brasileiras até julho do ano que vem, isso não significa que a nova rede estará disponível em todos os bairros de uma cidade nesse primeiro momento.Ou seja, o usuário não precisa correr para adquirir um novo aparelho. Além disso, existem poucos smartphones compatíveis com o 5G disponíveis no varejo brasileiro, e a maioria deles tem preços proibitivos para a maioria dos usuários.
2. O 5G vai acabar com o 4G?
Não. Para que a rede 4G seja desligada seria necessário que todos os brasileiros passassem a utilizar apenas o 5G, algo que não deve ocorrer antes de 2029. Vale ressaltar que o Brasil ainda conta com localidades que nem mesmo tem o 4G instalado. Tanto é que um dos compromissos assumidos pelas operadoras durante o leilão do 5G está o de levar a rede de 4ª geração para áreas ainda desconectadas.Por outro lado, com a chegada do 5G, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) já estuda a possibilidade de desligar em algum momento no futuro as redes 2G e 3G, permitindo que as operadoras de telefonia reduzam custos e otimizem os espectros para expandir as redes 4G e 5G.
Porém, antes que isso aconteça, todas as operadoras precisam migrar o serviço de chamadas telefônicas para tecnologia VoLTE, ancorada no 4G. O mesmo vale para o mercado de maquininhas de cartão (M2M), passando das antigas redes para o padrão NB-IoT, um procedimento que ainda pode demorar alguns anos.