Ciência

2023 deve ser o ano mais quente em 125 mil anos

Depois de uma sequência de altas na temperatura média global, cientistas acreditam que 2023 vai quebrar recorde de calor
Imagem: Fabio Partenheimer/ Pexels/ Reprodução

O ano de 2023 tem empilhado recordes preocupantes de temperatura. Primeiro, o mês de julho terminou 1,5°C mais quente do que a média histórica para o período.

Depois, setembro bateu o recorde de mês mais quente já registrado na história, com 0,93ºC mais quente do que a temperatura média. Agora, outubro seguiu o mesmo padrão. 

Dados do (C3S) apontam que o último mês foi o outubro com termômetros mais altos, 0,85°C acima da média que o mês de outubro teve de 1991 a 2020.

Além disso, o mês foi 1,7°C mais quente do que a estimativa da média de outubro no período de referência pré-industrial, entre 1850 e 1900.

“Outubro de 2023 viu anomalias de temperatura excepcionais, seguindo quatro meses de recordes de temperatura global sendo superados”, disse , diretora adjunta da C3S.

Frente a este cenário, especialistas afirmam que em um período de 125 mil anos. Atualmente, faltando dois meses até 2024, o último ano já atingiu 1,43ºC acima da média pré-industrial.

O que está por trás do aquecimento

A temperatura média anual tem subido conforme as emissões de gases de efeito estufa continuam a se acumular na atmosfera terrestre. De acordo com a série histórica, elas só diminuíram durante o isolamento social imposto pela pandemia de Covid-19.

Fora deste período, as emissões aumentam gradativamente, mesmo com acordos internacionais para sua diminuição.

Em complemento, o mundo também atravessa um ano que marcou o início de um novo El Niño. De modo geral, o fenômeno climático aquece as águas no Oceano Pacífico Sul, o que gera mudanças climáticas — uma delas, o aumento das temperaturas.

Não à toa, diversos locais no planeta enfrentam secas históricas, ondas de calor, excesso de chuvas e ciclones. Ainda assim, especialistas acreditam que o pico do El Niño acontecerá no final de 2023 e início de 2024, de modo que as consequências podem ser mais graves.

Bárbara Giovani

Bárbara Giovani

Jornalista de ciência que também ama música e cinema. Já publicou na Agência Bori e participa do podcast Prato de Ciência.

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