20 anos após o auge, Japão oficialmente aposenta os disquetes
No final de junho, o Japão conseguiu vencer a “guerra” contra os disquetes e eliminou o uso do dispositivo de armazenamento no país.
A conquista ocorre quase três décadas após o auge do disquete, além de ser um marco importante na campanha atual do Japão para digitalizar as operações do governo.
No Japão, é comum encontrar máquinas de fax e outros equipamentos antiquados em repartições públicas, embora o país tenha uma indústria extremamente avançada.
Em 2018, o ministro de cibersegurança do país chocou o público ao dizer que nunca usou um computador.
Resistência no Japão dificultava fim dos disquetes
A resistência pela transformação digital colocou o Japão em uma posição de atraso em relação ao resto do mundo.
Até o mês passado, as pessoas tinham que enviar documentos ao governo do Japão usando disquetes em mais de mil procedimentos.
Além disso, a resistência fez com que o governo abandonasse planos anteriores de tirar as máquinas de fax dos escritórios.
Foi apenas em janeiro deste ano que o governo do Japão parou de exigir o uso de mídia física como disquetes e CD-ROMs para várias emissões de documentos de cidadãos.
No entanto, a coisa mudou após a criação a Agência digital do país, quando o Ministro de Transformações Digitais do Japão, Taro Kono, assumiu a nova pasta.
Em 2022, mais de 10 anos depois do fim da produção de disquetes pela Sony, Taro Kono declarou “guerra” contra os dispositivos e contra a máquina de fax.
Apesar dos avanços em tecnologias como CDs, DVDs e dispositivos USB, bem como a computação em nuvem, o Japão continuava a usar disquetes. A justificativa era pela estabilidade e segurança dos dispositivos.
No dia 27 de junho, quase três anos depois, o ministro no Twitter: “vencemos a guerra contra os disquetes”.
Agora, o governo do Japão eliminou o uso de disquetes em todas as repartições públicas do país.
Em dezembro de 2022, autoridades do setor de educação concordaram em proibir o fax em escolas e digitalizar a comunicação até 2026.