Estamos a apenas 140 anos do mesmo clima que causou uma extinção em massa mundial
A nova pesquisa, publicada na revista científica Geophysical Research Letters, mostra o quanto estamos perto de chegar aos extremos do MTPE e, de certa forma, como já o superamos. Com base em um conjunto de estudos sobre quando o MTPE começou e o quão rapidamente o dióxido de carbono se acumulou na atmosfera, Philip Gingerich, professor emérito do Departamento de Ciências da Terra da Universidade de Michigan, usou modelos para projetar as emissões humanas de carbono no futuro.
Embora o pulso de dióxido de carbono do MTPE tenha sido rápido em termos geológicos, ele mal se compara com o que os humanos estão fazendo com a atmosfera. As taxas atuais de emissão são até dez vezes mais rápidas do que eram durante o MTPE. Porém, enquanto as emissões do MTPE foram provavelmente o resultado de uma mistura de vulcanismo, incêndios e metano que saíram do permafrost e do fundo do mar, a situação atual acontece quase que inteiramente por causa das emissões de carbono da atividade humana. E essas emissões ainda estão aumentando, com o mundo estabelecendo . Com base nessa tendência sombria, Gingerich projetou emissões para o futuro e descobriu que, em apenas 140 anos, no ritmo atual, teremos criado o início da atmosfera do MTPE versão 2.0. Daqui a 259 anos, devemos atingir o pico do MTPE.
“É como se estivéssemos deliberada e eficientemente fabricando carbono para emissão para a atmosfera a uma taxa que, em breve, terá consequências comparáveis a grandes eventos de muito tempo atrás na história da Terra”, disse Gingerich ao Earther.
Como o estudo aponta, o avô de Gingerich nasceu há 140 anos, enquanto que, 259 anos atrás, Ben Franklin estava inventando um relógio com ponteiros de horas, minutos e segundos, o que ajuda a dar uma perspectiva histórica sobre o tempo que temos. Embora o mundo tenha mostrado pouco apetite para reduzir as emissões, tem havido muita conversa sobre como devemos provavelmente . Essas novas descobertas são um forte lembrete do que nossos netos terão pela frente se não mudarmos.